segunda-feira, 4 de abril de 2011

Estamos a assistir à vampirização do estado socialista sobre a sociedade civil. É urgente um banco de sangue

(FSI- Fundo de Sangue Internacional)!!!!!!!.....

Campos e Cunha

"Estamos a viver um filme de terror em que o drácula culpa a vítima"

Campos e Cunha, antigo ministro das Finanças de José Sócrates, diz que "esta crise governamental foi desejada e planeada pelo Governo".

O professor universitário escreve hoje no Público que "há várias semanas que o Governo adivinhava o final desta semana e antecipou-se".

Diz Campos e Cunha que "como o Governo sabia antecipadamente o que iria acontecer às contas de 2010 e quis precipitar a crise antes do descalabro final; assim, negociou e ajustou um conjunto de medidas (vulgo PEC-4) apenas e só com os nossos parceiros europeus. Nesse pacote estava tudo o que o PSD tinha vetado em negociações anteriores (PEC-2 e PEC-3). Apresentou essas medidas, num primeiro momento, como inegociáveis. O PSD, orgulhoso da sua posição disse um "não" também inegociável. No dia seguinte, o Governo, dando o dito por não dito, afirmou-se disposto a negociar. Mas o PSD caiu que nem um patinho e o Governo caiu como o próprio queria e planeou".

A partir de agora, continua Campos e Cunha, para Sócrates as culpas são do PSD: "A queda brutal dos ratings, a subidas das taxas de juro, o descalabro das contas públicas serão tudo culpa do PSD (...) que vai passar o tempo a justificar-se, ou seja, perdeu a discussão. Pode não ter perdido as eleições, a ver vamos, mas pode perder a maioria absoluta".

Para o antigo ministro de Sócrates, "estamos a viver um filme de terror em que o drácula culpa a vítima de lhe sugar o sangue. Estamos a viver o malbaratar dos dinheiros públicos durante muitos anos, com especial relevância nos últimos cinco. Estamos a sofrer as consequências da dita política keynesiana de 2009 que teria permitido que a recessão fosse apenas de 2,6%. Muitos defenderam tal irracionalidade, mas também houve quem chamasse a atenção da idiotia de tal abordagem numa pequena economia, sem moeda própria e sem fronteiras económicas".

"A situação económico-financeira é de tal descalabro que não pode haver eleições antecipadas sem haver uma crise política, económica e financeira de acordo com vários ministros, começando pelo primeiro. É a constituição e a democracia que está em causa", alerta o mesmo responsável.

Campos e Cunha deixa um alerta aos portugueses: "tudo isto tem um rosto e um primeiro responsável. Lembrem-se disto no dia do voto e não faltem, nem que seja para votar em branco", conclui.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A geração dos meus pais não foi uma geração à rasca.

Foi uma geração com capacidade para se desenrascar.

Numa terriola do Minho as condições de vida não eram as melhores.

Mas o meu pai António não ficou de braços cruzados à espera do Estado ou de quem quer que fosse para se desenrascar.

Veio para Lisboa, aos 14 anos, onde um seu irmão, um pouco mais velho, o Artur, já se encontrava.

Mais tarde veio o Joaquim, o irmão mais novo.

Apenas sabendo tratar da terra e do pastoreio, perdidos na grande e desconhecida Lisboa, lançaram-se à vida.

Porque recusaram ser uma geração à rasca fizeram uma coisa muito simples.

Foram trabalhar.

Não havia condições para fazerem o que sabiam e gostavam.

Não ficaram à espera.

Foram taberneiros.

Foram carvoeiros.

Fizeram milhares de bolas de carvão e serviram milhares de copos de vinho ao balcão.

Foram simples empregados de tasca.

Mas pouparam.

E quando surgiu a oportunidade estabeleceram-se como comerciantes no ramo.

Cada um à sua maneira foram-se desenrascando.

Porque sempre assumiram as suas vidas pelas suas próprias mãos.

Porque sempre acreditaram neles próprios.

E nós, eu e os meus primos, nunca passámos por necessidades básicas.

Nós, eu e os meus primos, sempre tivémos a possibilidade de acesso ao ensino e à formação como ferramentas para o futuro.

Uns aproveitaram melhor, outros nem tanto, mas todos tiveram as condições que necessitaram.

E é este o exemplo de vida que, ainda hoje, com 60 anos, me norteia e me conduz.

Salvaguardadas as diferenças dos tempos mantenho este espírito.

Não preciso das ajudas do Estado.

Porque o meu pai e tios também não precisaram e desenrascaram-se.

Não preciso das ajudas da família que também têm as suas próprias vidas.

Não preciso das ajudas dos vizinhos e amigos.

Porque o meu pai e tios também não precisaram e desenrascaram-se.

Preciso de mim.

Só de mim.

E, por isso, não sou, nunca fui, de qualquer geração à rasca.

Porque me desenrasco.

Porque sempre me desenrasquei.

O mal desta auto-intitulada geração à rasca é a incapacidade que revelam.

Habituados, mal habituados, a terem tudo de mão beijada.

Habituados, mal habituados, a não precisarem de lutar por nada porque tudo lhes foi sendo oferecido.

Habituados, mal habituados, a pensarem que lhes bastaria um canudo de um qualquer curso dito superior para terem garantida a eterna e fácil prosperidade.

Sentem-se desiludidos.

E a culpa desta desilusão é dos "papás" que os convenceram que a vida é um mar de rosas.

Mas não é.

É altura de aprenderem a ser humildes.

É altura de fazerem opções.

Podem ser "encanudados" de qualquer curso mas não encontram emprego "digno".

Podem ser "encanudados" de qualquer curso mas não conseguem ganhar o dinheiro que possa sustentar, de imediato, a vida que os acostumaram a pensar ser facilmente conseguida.

Experimentem dar tempo ao tempo, e entretanto, deitem a mão a qualquer coisa.

Mexam-se.

Trabalhem.

Ganhem dinheiro.

Na loja do Shopping.

Porque não ?

Aaaahhh porque é Doutor...

Doutor em loja de Shopping não dá status social.

Pois não.

Mas dá algum dinheiro.

E logo chegará o tempo em que irão encontrar o tal e ambicionado emprego "digno".

O tal que dá status.

O meu pai e tios fizeram bolas de carvão e venderam copos de vinho.

Eu, que sou Informático, System Engineer, em alturas de aperto, vendi bolos, calças de ganga, trabalhei em cafés, etc.

E garanto-vos que sou hoje muito melhor e mais reconhecido socialmente do que se sempre tivesse tido a papinha toda feita.

Geração à rasca ?

Vão trabalhar que isso passa.